Extraído do site de José Maria Herrou Aragon
samaelaunweor.gnosis
Tradução: Soraia Oliveira
Entrei na gnosis quando era pequeno, ainda recordo as primeiras conferências.Temas como desdobramento astral, ovnis, raças e coisas assim eram temas recorrentes nas conferências gnósticas. Ainda assim lembro que desde então encontrava certas coisas contraditórias.
Quando estava em uma de minhas primeiras conferências lembro-me de ter perguntado ao conferencista o por que era só 3% de essência que estaria livre, já que segundo os inventos da gnosis, existe uns 3% de essência que o eu não "come", ao qual por isso é livre.
Com os anos, várias contradições se seguiram após essa como que a essência poderia ser menos e que quem teria menos seria um quaternário.
>>>QUATERNÁRIO é o corpo físico de alguém sem alma, cuja essência está involuindo no inferno e quanta coisinha à toa mais se podia inventar.
Por isso se nos explica que "toda pessoa possui um mínimo de essência livre correspondente a uns 3%", mas por outro lado, nos é dito que "existe uma excessão à essa regra que é para pessoa má, que a mandaran ao inferno".
Sinceramente tenho a sensação de estar diante de uma falácia. Mas voltando à primeira contradição que encontrei nessa ridícula doutrina, lembro que o conferencista me disse algo sobre átomos divinos, realmente não entendi nada, mas simplesmente recorri ao silêncio tentando entender que diabos havia dito,nisso então eu não teria idéia do que seria um átomo(eu tinha em volta de uns 10 anos e química se começa a passar desde os 12 no sistema escolar de meu país).
Faz algum tempo (par de anos) lembro de ter perguntado a um sacerdote gnóstico (os que usam crucifixos de madeira), e também a um bispo gnóstico (os que usam crucifixos de metal) o por que destes 3%. Sinceramente não souberam me explicar, e foram para um outro lado, me explicaram que teria relação com a lei de três e que é a da criação e que o embrião de alma e não sei quanta coisa lhes havia contado e que repetiam de memória,mas jamais me deram uma razão verdadeira.
A contradição não é dizer que existe 3% de essência livre, mas sim que o problema está em que a gnosis ensina que existe uma porcentagem de essência fixa pertencente a um subconjunto de toda a essência e que em outra ocasião ensina que a essência é infinita e não tem limites.
Como isso pode acontecer? Em primeiro lugar as quantidades infinitas não existem, o infinito é uma abstração ao qual se necessita para ter uma compreensão do comportamento de algumas coisas, por exemplo, nas matemáticas se fala que o comportamento de uma função tende ao infinito, mas daí dizer que "isso é infinito" é a pior das ignorâncias.
Quando dizemos que o espaço é infinito, é simplesmente para justificar o fato de que não se pode alcançar o extremo deste,mas não quer dizer que em realidade o seja, o mesmo termino de que o espaço está em expansão constante dá a entender de que não é infinito, simplesmente cresce indefinidamente.
Aplicando esse conceito à gnosis,se asseguramos que a essência é infinita, damos a entender que não é uma propriedade quantificável.Em palavras mais simples, não se pode contar a essência já que ela é infinita. Como pode ser possível dar o conceito de 3% se os 100% não é quantificável? O 10% de dez é 1.O de 100 é dez,o de 1000 é 100...O de 10^n é 10^(n-1) se fazemos n maior que nos ocorra sempre poderemos estabelecer uns 10% da quantidade,mas se n é infinito,o mesmo fato de elevar 10 a infinito é impossível(imaginemos um 1 seguido de infinitos 0) já que deixa de ser algo que pode ter um valor numérico definido,por isso ao estabelecer uma porcentagem de essência bem definido como uns 3%,10%,20%,50%,100%,etc.,é algo que escapa da lógica.
Os gnósticos lutam contra a demonstração de que estas coisas são falácias,eu me pergunto,por quê?Creio ter tido suficiente sensatez para dar-me conta de haver encontrado algo falso e não justificar com um "quando for mestre entenderá".
A pergunta é simples:Todos esses dogmas,todos esses conhecimentos acumulados, runas, magia sexual, chacras, tatwas, homens lobos,, bruxas serpentes que cospem fogo e que são clarividentes,mistérios crísticos, serpentes de fogo, luz,iniciações ,magia negra, branca, cinza, violeta , parda, dizer "Aum,Aum,Aum" até cansar-se, rituais, missas,vestes azuis mal costuradas que representam alma,sandálias negras,brancas,espadas oxidadas que supostamente representam a força,altares coroados por um cristo vivo (1),ao seguir uma cadeia quando o único que gostaríamos é estar fora dela, ter que escutar um ritual ridículo que não vamos compreeder jamais, tudo isso nos serve de algo? Tem alguma utilidade prática? Ou é simplesmente lixo?
Como definir o lixo? É muito fácil.
O lixo nesse sentido é: Compêndio de dados inúteis, práticas, teorias, gente,opiniões, conceitos, pré conceitos que entorpecem o ser um mesmo. Que fazem que um viva em torno de algo ou alguém tão só pela crença de que "em um futuro seremos algo nós".Um homem prático não crê, faz experimentos. Pode sonhar (não no sentido ridículo gnóstico do sonho da consciência e vários lixos), sim no sonho de ser algo mais do que é, mas não fica só nesse sonho, sim que também faz algo com respeito a isso.Trabalha em torno de um algo, de um ideal de vida. Em definitivo, tem algo claro, ao qual é seu objetivo.
A gnosis claramente nos dá um objetivo: Ser Mestres, senão não existiria tanto sacerdote gnóstico dizendo "pelo Cristo,Pelo Cristo,pelo Cristo", frase que em uma reunião a nível nacional para semana santa recordo de haver escutado de pessoas que eu supunha ter algo na cabeça.
Tem alguma utilidade em falar tanto de um homem-deus que morreu por volta de 2000 anos? Não, Cristo não foi um deus poderoso que comia ar, andava nu, cuspia fogo, e castigava a humanidade. Era simplesmente um homem comum que viu mais além.Idealista? Pode ser que sim, mas o que importa é o sentido prático de seu ensinamento. Talvez tenha ensinado coisas como dar esmola ou que temos que ser bom com os cegos, mas não são essas coisas as que servem,o que serve é "o que posso fazer com esse ensinamento?" Se não encontramos o que fazer com um ensinamento,está claríssimo, esse ensinamento é puro lixo.
Quando tomamos a decisão de ser nós mesmos e não viver de acordo com as idéias dos outros, entender por nós mesmos e não nos deixarmos guiar por outros é quando o "eu sou" toma um verdadeiro sentido..
Acaso crêem que a prática com o nome ridículo de "chave sol" tem algum sentido quando não somos nada? Que ao perguntar-se "quem sou? O que estou fazendo? Onde estou?" Tem algum sentido quando de momento a momento nos anulamos? (nesse sentido a gnosis sim é completa, pois ao existir o falso "eu sou" também existe um falso "eu não sou").
Esta prática da morte em marcha,que o único que faz é desconcertar-nos dizendo-nos "eu não sou isso! Mãe minha,elimina-o,que depois o leva ao banquinho dos acusados". Fica claro que a gnosis choca o ser e o não ser,por isso não serve pra nada,já que simplesmente se auto-anula.
Essa anulação do ser humano dá como consequência a perda da vontade.
Por que será que o gnóstico se sai mal em quase tudo? Que está cheio de medíocres que vivem como pobres, mas que gostariam de ser ricos mas que dizem que o dinheiro é o diabo. E a pergunta fica aberta. O que faz um gnóstico para mudar? Fora ir terças-feiras,quintas-feiras às cadeias. Os sábados aos rituais para ver o sacerdote de turno e com seus amigos vigilantes jogar as espadinhas e falar com os deuses do Egito e os deuses hindus.
Os dias 27 às missas para que qualquer sacerdote ou bispo nos dê uma cátedra medíocre,de que devemos crer no Cristo por que sim;sem uma razão válida. Os dias 14 dar uma lista de erros ante um altar, comparável a um confessionário público, as saudações à aurora para curar-se tomando copinhos de água.
Ao enumerar isso me dou conta de que o gnóstico tem muitas atividades, está quase todos os dias dentro de um lumisial. mas não faz nada prático, não lhe serve de nada, não tem nenhum fruto. Já que não sabe para que faz nenhuma das coisas recém enumeradas. Ou diga-me senhor Bispo,com quantos anos de gnosis conseguiu deixar de ver as mulheres como algo sexual? Obvio que não, a biologia nos deu órgãos sexuais para nossa reprodução. O homem viu que dava prazer,o que há de mal nisso? É acaso mal o prazer? Se acaso o senhor sacerdote responde que não é, pode dizer-me por quê? Sem uma resposta clara ante essa pergunta está em evidência que as tropas gnósticas, a única coisa que fazem é anular-se a eles mesmos. Não sabem que não são e muito menos sabem que são.
A que me refiro com que não somos nada?,isso é o que nos diz a gnosis: Quando eu decido? Quando sou o protagonista da minha vida?
Se a gnosis se supunha que era experimental(prática), por que simplesmente crer em um mestre por que ele o disse? Por que diz ser o mestre? Pode ser que nem todos tenham uma base matemática como para entender o exemplo que dei das porcentagens, mas sim estou seguro que todas as pessoas tem a capacidade de colocar tudo em dúvida,eu pus em dúvida as palavras de pessoas que podia considerar meus amigos, alguns eram sacerdotes, missionários,bispos,etc. Mas qual é o problema com isso? Desconforto? Sim, é desconfortável, já que nos vêem como o mal do filme, o que causa dano à instituição,o que vai ao abismo. o que desafia a instituição por não crer no que dizem seus superiores, ao que lhe falta compreensão (ao qual até o dia de hoje nas fileiras gnósticas carece de definição precisa).
Eu me pergunto: Por um acaso por em dúvida a nossa vida é algo que pode causar-nos dano? Falo de uma dúvida com sentido,não uma dúvida sem razão,essa que parte de dogmas como "eu sou mau","existe uns 3% de essência sempre","o mestre,por ser mestre tem razão",como um grupo que tem esse tipo de dogmas pode existir para a ajuda do ser humano? Tudo o que causa é dano,matam a vontade do homem,e engarrafam o homem em tão só uma linha de pensamento,que para o cúmulo,é indefinida em sua totalidade.
Fruto dessas razões, só posso dizer uma coisa,me cansei de acreditar em coisas que não se pode comprovar e que carecem de sentido pratico, e se a gnosis é uma delas,então é puro lixo.
Hercólubus é um planeta tão rápido,e está vindo com uma velocidade
Notas da publicação:
O "Cristo Vivo" é mais uma das crenças absurdas do gnosticismo samaeliano. Com o pensamento próprio do fanático,o gnóstico comum considera que a cruz e o crucificado carecem de valor, ou mesmo distorcer seu "sentido real", se a figura humana tem seus olhos fechados, quer dizer que está morto- É por isso que eles buscam nas galerias,ou mesmo solicitam a fabricação de crucifixos com o Cristo de olhos abertos e cabeça erguida. Assim são as figuras de Jesus Cristo em seus templos.